Anhanguera colocando fogo na "água dos índios" |
O Brasil atual possui tem cerca de 8,5 milhões de quilômetros quadrados. No
entanto nem sempre teve essa dimensão territorial tendo sido vários fatores
responsáveis pelo alargamentos das fronteiras. Um desses foram as ações do
Bandeirantes. Homens em busca de índios, escravos fugitivos e principalmente em
metais preciosos como esmeraldas, ouro e prata. Grandes nomes se destacam nesse
período, como Fernão Dias Paes Lemes, Antônio Raposo Tavares, entre
outros.
Adaptado e extraído de uol educação
Nesta postagem quero destacar o bandeirante Bartolomeu Bueno da
Silva, conhecido como Anhanguera, que significa Diabo Velho. Não sabe-se ao
certo as datas de nascimento e morte. Consta-se que recebeu esse nome por ter
enganado os índios no interior do Brasil.
. "Em 1682, sua expedição partiu de
São Paulo e atravessou o território do atual Estado de Goiás, seguindo até o
rio Araguaia. Ao retornar desse rio, à procura do curso do rio Vermelho,
encontrou uma aldeia indígena do povo Goiá. Diz a lenda que as índias estavam
ricamente adornadas com chapas de ouro e, como se recusassem a indicar a
procedência do metal, Bartolomeu Bueno da Silva pôs fogo a uma tigela contendo
aguardente, afirmando que, se não informassem o local de onde retiravam o ouro,
lançaria fogo em todos os rios e fontes. Admirados, os índios informaram o
local e o apelidaram de Anhanguera (em tupi, añã'gwea), diabo velho."
Essa bandeira deu origem à lenda das
minas da serra dos Martírios, buscada por vários sertanistas, e que, segundo fontes
da época, "tinha por obra da natureza uma semelhança da coroa, lança e
cravos da paixão de Jesus Cristo" esculpidos em ouro e cristais. Ainda segundo a lenda, seu filho, Bartolomeu Bueno do Silva,
à época ainda um menino, o acompanhava nessa bandeira. Bartolomeu Bueno da Silva (filho), o segundo Anhanguera, nasceu em Parnaíba, São Paulo, em
1672 e faleceu em 19 de setembro de 1740 na vila de Goiás, em Goiás. Em 1701, atraído pelos descobrimentos
de ouro na região de Minas Gerais, o segundo Anhanguera estabeleceu-se em
Sabará e, mais tarde, em São João do Pará e em Pitangui, onde foi nomeado
assistente do distrito. Os conflitos entre emboabas e mineradores de São Paulo
e os levantes ocorridos em Pitangui, encabeçados por seu genro Domingos
Rodrigues do Prado, levaram-no a voltar para a capitania de São Paulo e a se
fixar em Parnaíba.
Em
1720 dirigiu uma representação a Dom João 5º, pedindo licença para voltar às terras de Goiás, onde seu pai encontrara
amostras de ouro. Em troca, solicitava do soberano o direito de cobrar taxas
sobre as passagens de rios. Em 1722, sob seu comando, a bandeira seguiu para
Goiás, juntamente com numerosa parentela do sertanista, que, durante quase três
anos explorou os sertões goianos em busca da lendária serra dos Martírios. Em
1725 conseguiu encontrar ouro no rio Vermelho, próximo à antiga capital de
Goiás. Voltou à região no ano seguinte, quando, na qualidade de capitão-mor
regente das minas, fundou o arraial de Santana, elevado em 1739 à categoria de
vila como Vila Boa de Goiás, atualmente cidade de Goiás, conhecida como Goiás
Velho. Além do referido cargo, Dom João 5º concedeu-lhe sesmarias e a cobrança
de direitos sobre a passagem de rios que conduziam às minas goianas.
No
entanto, a pretexto de que o Anhanguera havia sonegado as rendas reais, o
direito de passagem lhe foi retirado em 1733. Na medida em que se organizava a
administração estatal de Goiás, a autoridade do sertanista ia sendo limitada
pelos delegados régios. Ao falecer, em 1740, Bartolomeu Bueno da Silva estava
pobre e reduzido a um exercício de mando quase decorativo. Na antiga capital de
Goiás ainda existe a cruz do Anhanguera, por ele levantada em 1722, e que
perpetua a memória do início da colonização do território goiano.
Adaptado e extraído de uol educação
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